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A história da Barra do Rio Azul, localizada no Alto Uruguai, confunde-se com a história da própria antiga sede municipal, Aratiba, cuja colonização foi iniciada em 1917, quando a Companhia Luci Rosa demarcou toda região. Antes de chamar-se Aratiba, a ex-sede era denominada "Rio Novo".
O nome "Barra do Rio Azul" provém do fato de, no centro dessa cidade, ocorrer o encontro do Rio Azul com o Rio Paloma, assim denominada daí por diante, até encontrar o Rio Uruguai.
Os primeiros moradores foram Hetore Munaro, Josué Vazzatta, Querino Mazzochin, Antônio Pilatti, João Basso, Bernardo Basso, Ernesto Munaro, Antonio Munaro e Luiz Munaro, antes da chegada destes moradores, moravam aqui duas famílias de cablocos , Antenor Figueira e Manoel Carreteiro
Depois de aceitar o convite do governo brasileiro em 1870 , os imigrantes italianos migraram da Itália para o Brasil ,conforme arquivos da paroquia a família Munaro saiu do porto de Genova em janeiro de 1877 chegando em Paranaguá em março do mesmo ano , se estabelecendo em Nova Pádua , onde saíram em direção ao Alto Uruguai , em busca de novas terras no dia 07 de abril de 1919 depois de passar a noite no mato , escolheram os lotes de terra e adquiriram as mesmas, regressando logo após para Nova Pádua para buscar as famílias , retornando no ano de 1922 para Barra do Rio Azul. Depois dessas outras famílias foram chegando construindo suas casas. Compravam suas terras a margem direita do Rio Paloma e derrubavam o mato a esquerda do mesmo Rio, porque eram terras do governo e pensavam em adquiri-las no futuro com poucos gastos. Não havia estradas os imigrantes vindos principalmente da serra gaúcha, abriam piques no mato a facão, com os cavalos e carroças traziam as mudanças, depois em forma de mutirão abriam as estradas.
A atual Escola de 1º Grau Completo Cardeal Leme constituiu a primeira escola de Barra do Rio Azul, construída em 1929, sendo seu primeiro professor o Sr. João Nuckirchen.
Em 1927 era erguida a primeira Capela (na qual o Frei Cyrillo Stock oficiou a primeira missa) e que em, 1938 veio se constituir a Paroquia Medianeira o templo foi projetado para atender as necessidades da comunidade por causa da segunda guerra mundial que só acabou em 1945 a obra foi interrompida. Em 1949 foi reiniciada mesmo com o alto custo dos materiais de construção, como toda a região tinha uma alta produção agrícola, tiveram animo para levar em frente a obra. Todos os trabalhos de nivelamento do terreno foram feitos pelo povo da paroquia, trabalho executado braçalmente, com o uso de ferramentas agrícolas e carroças, a parte da frente da igreja e a base da torre estão assentados na rocha viva, a 5 metros de profundidade. Assim com muito trabalho, sofrimento e fé, a Igreja Matriz nossa Senhora Medianeira de todas as graças foi concluída. A atual e imponente igreja Matriz e o resultado de muito suor e fé da boa gente desta terra. Após uma reforma em 1988, essa Igreja se tornou uma atração turística, graças a sua arquitetura.
O primeiro hospital foi construído em 1942 sob orientação do Dr. Walter Pecoits, e adquirido sete anos mais tarde pelo Dr. Dario Wilfredo Waldivia Almanza.
A primeira casa comercial data de 1928, com o nome "Comércio de Tecidos Detoni Ltda." e que funciona até hoje com essa razão social .
O principal produto cultivado nas décadas de 20 a 40 era o trigo, produziam também milho mas a maior parte da produção era para o consumo na propriedade, a outra parte destinada ao comércio, também se plantava feijão, e todas as famílias tinham um plantio de parreiras.
Segundo relatos de moradores em um trabalho feito em 2014 pelos alunos do 3ºano da escola Estadual Cardeal Leme, a energia elétrica surgiu em Barra do Rio Azul no ano de 1948, onde foi implantado um canal através de uma represa de água no Rio Azul, o canal conduzia a água até a pequena Usina hidrelétrica localizado atrás do antigo hospital , a luz era gerada até as 10:00 hs da noite a partir daí o gerador era desligado a energia gerada era usado somente para os comerciantes , colégio das freiras , e o hospital. Sendo que a energia de forma definitiva somente veio em 1966.
A cidade conta com o abastecimento de água proveniente de poço artesiano, clubes esportivos, culturais e beneficentes onde, antigamente era uma praça municipal, hoje temos o estádio de futebol, uma área verde e um centro de eventos.
Em 1914 a localidade de Barra do Rio Azul começou a receber os primeiros colonos de origem italiana. Entretanto, é a partir da década de 20 que o fluxo migratório se tornou mais intenso.
Até meados de 1950, Barra do Rio Azul foi um importante centro urbano, se comparado aos padrões de pequenas localidades do período. Dispunha de energia elétrica, possuía um comércio intenso e um grande e bem equipado hospital (fundado em 1949) que destinava-se, inclusive, ao atendimento da demanda das populações vizinhas.
Tornou-se distrito de Erechim pela Lei nº 121, em 23 de novembro de 1951. Em 1955, Aratiba foi elevada a município, emancipando-se de Erechim, e Barra do Rio Azul passou a ser distrito daquele município pela Lei Municipal nº 02, de 02 de janeiro de 1956.
Com o desenvolvimento da localidade veio o processo emancipacionista e em 20 de março de 1992, Barra do Rio Azul conquistou o título de município desmembrando-se de Aratiba.
A composição étnica da população compreende 65% de italianos, 20% de alemães e 15% de grupos minoritários, entre poloneses, russos e outros.
Hoje com 25 anos de emancipação política administrativa o município de Barra do Rio Azul vem se destacando no setor agropecuário, base de sua economia com grandes investimentos sendo feitos tornando-se um município forte nesse setor, sendo destaque regional. A cultura de nossos antepassados de luta em desbravar essas terras se faz presente ainda hoje em um povo de muita garra e determinação, amor pela terra e orgulho de viver neste município que espreguiça-se sobre as encostas das montanhas que a circundam , e entrecortada pelos Rio Azul e Paloma , que num assim se formam até desembocar no Rio Uruguai.
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